sexta-feira, 4 de junho de 2010



42)13 Abr 2010
A Evolução do Amor e o Amor do Santo, para "Sua Voz"

"O demônio, eterno inimigo, personifica as mais baixas forças involutivas da animalidade, sobreviventes e emergentes das mais baixas estratificações da personalidade. Os instintos inferiores, as paixões tempestuosas, são o antagonista na grande luta interior. As grandes renúncias -- pobreza, caridade, castidade -- são os embates decisivos dos quais sai desfalecida a animalidade, mas que, convém lembrar, só poderão ter valor quando se souber, ao mesmo tempo, reconstruir, substituindo aqueles instintos e paixões por mais altas qualidades: amores, domínios e paixões mais espirituais, a fim de que o ser não se perca, como de outra forma acontecerá, no vácuo de uma infrutífera asfixia. Se ao ser se impõe uma morte no nível animalidade, deveis oferecer-lhe um renascimento no nível espiritualidade. As paixões são grandes forças que não deveis tentar destruir, mas utilizá-las e elevá-las, porque, na evolução, tudo procede por continuidade. De fato, o impulso não se destrói, mas deve ser favorecido e elevado; o desejo não se mata, mas se guia para uma elevação contínua: evolução de instintos, evolução das paixões, aperfeiçoamento contínuo da personalidade". (A Grande Síntese, cap.78, As Sendas da Evolução Humana).
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"O amor do santo, real e elevadíssima fonte de prazeres espirituais, não é fenômeno assexual, mas supersexual, caminhando para o seu termo complementar, que se encontra além da vida, no seio das forças cósmicas. Na solidão dos imensos silêncios, o santo ama, com a alma hipersensível voltada e aberta para todas as vibrações do infinito, num arroubo de amor impetuoso e frenético para com a vida de todas as criaturas irmãs. Se ele vos parece um solitário, é que está com o Invisível, para o qual estende os braços, no êxtase de um supremo e vastíssimo amplexo. Alguma coisa do imponderável lhe responde, o inflama, nutre e sacia. Num incêndio, que reduziria a cinzas qualquer ser comum, se abraza o amor que abarca o universo. Num mistério de sobre-humana paixão, o Cristo abre aflito os braços na cruz, e São Francisco de Assis, em Verna, abre os braços ao Cristo" (Obra citada, cap.82, A Evolução do Amor).

Estes conceitos são tão profundos que nos deixam tontos.

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