sábado, 6 de julho de 2019

122) A convicção espiritualista de Cromwell F. Varley, físico e engenheiro elétrico inglês.

   Cromwell Varley
   Cromwell Fleetwood Varley foi um eminente físico, pesquisador dos fenômenos da Eletricidade, e engenheiro elétrico inglês, chefe das linhas telegráficas da Inglaterra e membro da Sociedade Real de Londres, que construiu e lançou o cabo telegráfico submarino, intercontinental, que ligou os dois continentes, a Europa e a América. Pesquisando na Internet, eis o que encontrei sobre ele:


Cromwell Fleetwood "CF" Varley, FRS-Fellow of the Royal Society (6 de abril de 1828 - 2 de setembro de 1883) foi um engenheiro elétrico e físico inglês, particularmente associado ao desenvolvimento do telégrafo elétrico e do cabo telegráfico transatlântico . Ele também se interessou pelas reivindicações da parapsicologia e do espiritismo. [1] 
Varley juntou-se à recém-fundada Electric Telegraph Company em 1846, tornando-se engenheiro-chefe da área de Londres em 1852 e para toda a empresa em 1861. Ele inventou muitas técnicas e instrumentos para encontrar falhas e melhorar o desempenho do telégrafo. Em 1870, ele patenteou o cymaphen , uma espécie de telégrafo que podia transmitir a fala. O primeiro cabo telegráfico transatlântico falhou em 1858, e Varley foi nomeado para um comitê de investigação, criado em conjunto pela Junta Comercial e pela Atlantic Telegraph Company . [3]
O comitê apresentou seu relatório em 1861, e resultou no lançamento de um segundo cabo em 1865, Varley substituindo Wildman Whitehouse como eletricista chefe. Apesar das dificuldades, o segundo cabo foi um sucesso final e Varley desenvolveu muitas melhorias na tecnologia. 

Em 1871, ele escreveu um artigo científico sugerindo que os raios catódicos eram fluxos de partículas eletrizadas, de carga elétrica negativa. [3] Varley acreditava que a radiação catódica era causada pela colisão de partículas. Sua crença baseava-se na ideia de que, como os raios foram desviados na presença de um imã, essas partículas devem ser consideradas portadoras de carga elétrica. Isso o levou a acreditar que as partículas eletricamente carregadas deveriam ser desviadas também pela presença de um campo elétrico.   

Ele simpatizava com as alegações do espiritismo e realizou investigações com o colega físico William Crookes, usando um galvanômetro para fazer medições dos supostos fenômenos. [3]  


Obs. minha: os experimentos parapsicológicos dos físicos Crookes e Varley são narrados, em detalhe, na grande obra "Animismo e Espiritismo" (pág. 230 em diante da edição brasileira, Feb, 1956), do filósofo, professor, diplomata e poliglota russo Alexandre Aksakof, Conselheiro de Estado do Imperador da Rússia Alexandre III, e professor de línguas estrangeiras na Academia Alemã de Leipzig.

Eis o depoimento de C. F. Varley perante a Sociedade Dialética de Londres:

"Empreguei o termo Espiritismo, embora não ignore que a possibilidade de comunicação com os nossos amigos que deixaram seu corpo material não seja geralmente admitida. Os motivos que me induzem a afirmar que os Espíritos de nossos semelhantes vêm realmente visitar-nos, são os seguintes:" 

1) "Eu os tenho visto, distintamente, em algumas ocasiões". (Obs. minha: alusão provável aos experimentos feitos com seu amigo, o físico-químico William Crookes, e a médium de ectoplasmia Florence Cook).
2) "Coisas que não eram conhecidas senão de mim mesmo e da pessoa falecida a quem era dado comunicar-se, e cuja exatidão reconheci, foram-me divulgadas mais de uma vez, posto que o médium não tivesse disso o menor conhecimento".
3) "Por repetidas vezes, coisas que eram conhecidas somente por mim, e das quais me havia esquecido completamente, foram-me lembradas pelo Espírito que se comunicava, de modo que não podia existir aí nenhuma transmissão de pensamento".
4) "Quando me aconteceu obter comunicações desse gênero, propus, em diversas ocasiões, questões mentais, às quais só o médium, senhora de posição muito independente, respondia por escrito, ficando completamente alheia do sentido das comunicações".
5) "A época e o gênero de certos acontecimentos imprevistos, desconhecidos, quer de mim próprio, quer do médium, foram-me anunciados, mais de uma vez, alguns dias antes, e se realizaram perfeitamente. Como aqueles que me forneciam essas informações, dizendo-se Espíritos, expunham a verdade quanto aos acontecimentos futuros, e como nenhum mortal presente podia ter conhecimento do que eles comunicavam, não sei que razão possa haver para não se crer neles". (Apud Gabriel Delanne, "O Fenômeno Espírita: Testemunho dos Sábios", Livraria Garnier, 1910).

     Diante desse depoimento, só restam duas alternativas aos ateus fundamentalistas: acoimar o depoente de mentiroso ou de paspalhão. Mas as pessoas de bom senso, por certo, darão crédito ao brilhante e experiente físico e engenheiro elétrico.