quarta-feira, 18 de setembro de 2013

96) As conclusões espiritualistas de um grande físico, Sir Oliver Lodge

 
Sir Oliver Lodge

     Sir Oliver Joseph Lodge (1851-1940) foi um físico experimental e escritor inglês. Doutor em ciências, Professor de Física da Universidade de Londres, Professor de Filosofia Natural do Colégio de Bedford, Professor Catedrático de Física da Universidade de Liverpool, Reitor da Universidade de Birmingham, membro da Royal Society of London, recebeu a Medalha Rumford da Royal Society em 1898, e foi nomeado Cavalheiro do Reino Unido pele Rei Eduardo VII em 1902, passando a usar o título honorífico de "Sir".
     Fêz investigações originais sobre os fenômenos do relâmpago e do raio, sobre a fonte da força eletromotriz na célula voltaica, sobre os fenômenos da eletrólise e da velocidade dos íons, sobre a aplicação da eletricidade para dispersar a neblina e a fumaça, sobre o arrastamento do suposto "éter cósmico" por corpos massivos, sobre as ondas eletromagnéticas e sobre a telegrafia sem fio, sendo considerado um pioneiro com relação à radiocomunicação.
     Em 14/08/1894, conseguiu transmitir sinais de rádio em uma conferência na Associação Britânica para o Progresso da Ciência, aperfeiçoando o detector de ondas de Branly, acrescentando a ele um vibrador que deslocava a limalha acumulada, restaurando assim a sensibilidade do aparelho. Com este detetor aperfeiçoado, que Lodge denominou coesor, obteve a patente para sintonização em telegrafia sem fio, patente que foi adquirida, em 1911, pela Companhia Marconi, do inventor do rádio, Eng. Guglielmo Marconi.
     Lodge também deu uma contribuição significativa aos motores quando inventou a vela de ignição para o motor de combustão interna. Seus filhos, Alex e Brodie, criaram a Lodge Plug Company, que produziu velas de ignição para automóveis e aviões. Outros dois filhos seus, Noel e Lionel, criaram uma empresa que produzia uma máquina para limpar a fumaça das fábricas. Além de inventar a vela de ignição e o telégrafo sem fio, Oliver Lodge também inventou o sintonizador variável.
     No fim do século dezenove,os físicos acreditavam que as ondas eletromagnéticas se propagavam num meio hipotético, que foi chamado de "éter cósmico", mas tinham dúvidas se os corpos, em seu movimento, arrastavam ou não o suposto éter. Para dirimir tais dúvidas, Sir Oliver Lodge planejou um experimento, realizado em 1896. Instalou grandes discos de aço, de 2 metros de diâmetro, eletrizou e magnetizou fortemente os discos, fê-los girar a velocidades tão grandes que pouco lhes faltava para arrebentar, e então enviou raios luminosos pelo estreito espaço (1 centímetro) entre os discos rodantes - no mesmo sentido do movimento dos discos, e em sentido contrário ao movimento dos mesmos. Se as rodas que giravam, levavam ou revolviam o éter, isto se revelaria na aceleração ou retardamento da velocidade dos raios de luz levados pelo éter. Mas Lodge não pode encontrar nenhum efeito. "O éter e a matéria são mecanicamente independentes, e os corpos não arrastam consigo o suposto éter em seu movimento", foi a conclusão de Lodge.

Obs. minha: A partir de 1905, a teoria do "éter cósmico" foi abandonada pela ciência, pelo menos como meio de propagação das ondas eletromagnéticas, entre outras razões porque, tendo tais ondas caráter duplo, isto é, apresentando-se também como compostas de partículas (fótons), não necessitam de um meio por onde se propagar.

     Desde o final do século dezenove, Sir Oliver Lodge já se preocupava em pesquisar os fenòmenos do "Espiritualismo Moderno", como dizem os ingleses e norteamericanos. Em 1909, publicou uma grande obra, "A Sobrevivência do Homem" em que declara textualmente: Que o homem sobrevive à morte do corpo é convicção certa minha, baseada, de mais a mais, numa longa série de fatos naturais e experimentais.
     Em 14/09/1915, faleceu-lhe o filho, Raymond Lodge, em batalha da 1ª Guerra Mundial, na qual se havia alistado como Segundo-Tenente. Desde então, ele manifestou o desejo de se comunicar com o pai, mãe e irmãos, a fim de lhes provar que não havia morrido de fato, e lhes ministrar alguns ensinamentos sobre o mundo espiritual. A maioria das comunicações veio através de uma médium inglesa muito conhecida, a Sra. Osborne Leonard, que conhecia Sir Oliver, mas não sua esposa e  filhos, que foram a ela incógnitos, e puderam dialogar com Raymond, como se vivo estivesse. Depois, os Lodge (pai, mãe e irmãos) buscaram outros médiuns, deles desconhecidos, comparecendo às sessões incógnitos, sem que ninguém lhes soubesse os nomes e a identidade, e o mesmo Raymond se manifestava, mantendo uma incrível identidade e continuidade de pensamentos e opiniões que acabaram convencendo os Lodge, a princípio céticos (principamente a mãe e irmãos), de sua permanência e imortalidade. Sir Oliver Lodge escreveu então uma bela obra, intitulada "Raymond", que fêz muito sucesso na época, dedicada a mostrar ao mundo as múltiplas provas obtidas pela família, acerca da sobrevivência espiritual de Raymond. Esta obra foi traduzida para a nossa língua pelo saudoso escritor Monteiro Lobato. 
     Vejamos o que escreve Sir Oliver Lodge em sua introdução:
      

     Esta obra leva o nome de um filho meu morto na guerra (obs. minha: 1ª Guerra Mundial). Jamais ocultei a minha crença de que a personalidade não só persiste, como ainda continua mais entrosada no nosso viver diário do que geralmente o supomos; de que não há nenhuma solução de continuidade entre os vivos e os mortos; e de que existem processos de intercomunicação bastante efetivos quando o afeto intervém. Como disse Sócrates a Diotima, O AMOR VENCE O ABISMO (Symposium, 202 e 203).
     Mas não é somente a afeição que controla e fortalece o intercâmbio paranormal: o interesse científico e o zelo missionário também se revelam eficazes; e foi sobretudo graças a esforços deste gênero que eu e outros investigadores gradualmente nos convencemos, através de experiências diretas, de um fato que, não há de tardar muito, far-se-á evidente para todo o gênero humano. (...)
     Até a morte do meu filho, nenhuma criatura se me apresentara ansiosa de comunicação; e embora surgissem amigos promotores de mensagens, eram mensagens de gente da velha geração, diretores da Society for Psychical Research, e antigos conhecimentos meus. Já agora, entretanto, sempre que eu ou alguém da minha família recorremos anonimamente a um médium, a mesma criatura se apresenta, sempre ansiosa de dar provas da sua identidade e sobrevivência.
     E tenho que o conseguiu. O ceticismo da família, que nos primeiros meses foi muito forte, acabou vencido pelos fatos. Ignoro em que extensão estes fatos possam ser compreendidos por estranhos. Mas reclamo uma atenção paciente; e se incido em erros, já no que incluo, já no que omito, ou se minhas notas e comentários carecem de clareza, peço aos leitores, em todas as hipóteses, uma interpretação amiga: porque, em matéria tão pessoal, não ignoro que fico exposto à crueldade e ao cinismo da crítica.
     Poderão alegar: por que motivo atribuir tanta importância a um caso individual? Na realidade, não lhe atribuí nenhuma importância especial; mas acontece que cada caso individual é de interesse, porque tem plena aplicação nesta matéria a máxima -- "ex uno disce omnes". Se posso estabelecer a sobrevivência de um só indivíduo, "ipso facto", tê-la-ei estabelecido para todos.
     Eu já tinha a sobrevivência como provada, graças aos esforços de Frederic Myers e de outros da Society; mas nunca são demais as provas, e a discussão de um novo caso não esfraquece a evidência já conseguida. Cada vara do feixe deve ser testada e, a não ser que defeituosa, aumenta a força do feixe.
     
     E no epílogo:
      
     Estou convencido da sobrevivência da personalidade depois da morte como o estou da minha existência na Terra. Poderão alegar que essa convicção não se baseia na experiência dos meus sentidos. Responderei que sim. Um cientista especializado em Física não está sempre limitado pelas impressões sensoriais diretas; lida com uma multidão de coisas e conceitos para os quais seus sentidos são como inexistentes. A teoria cinética dos gases, por exemplo, as teorias da eletricidade, do magnetismo, das afinidades químicas, da coesão molecular, da eletrólise, das ondas eletromagnéticas, levam-no a regiões onde a vista, o ouvido, o olfato e o tato são impotentes para qualquer testemunho direto. Em tais regiões tudo tem de ser interpretado em termos do insensível, do não substancial e do imaginário. Não obstante, essas regiões do conhecimento tornam-se-lhe tão claras e vivas como as coisas materiais. Fenômenos comuníssimos requerem interpretação baseada nas ideias mais sutis -- a própria solidez aparente da matéria pede explanação -- e as entidades não materiais com que os físicos trabalham, gradualmente revelam tanta realidade como tudo quanto ele conhece sensorialmente.
     E como é assim, irei mais longe dizendo que estou convicto da existência de "graus do ser", não somente mais baixos na escala do que o homem, como também mais altos -- graus de toda ordem de magnitude, do zero ao infinito. E sei, por experiência, que entre os seres alguns existem empenhados em ajudar e guiar a humanidade, não desdenhando a entrar em detalhes mínimos, se desse modo podem assistir às almas que lutam por elevar-se. E creio ainda que entre esses altos Seres, um existe ao qual por instinto o cristianismo consagra reverência e devoção.
     Os que julgam que a era do Messias está passada, confundem-se estranhamente; essa era mal começou. Para as almas individuais o cristianismo floresceu e deu frutos, mas para os males do mundo é ainda um remédio não experimentado. Será estranho que a horrível guerra de hoje fomente e melhore o conhecimento do Cristo, e ajude a humanidade a compreender a inefável beleza de sua vida e de seus ensinamentos; entretanto, coisas ainda mais estranhas têm acontecido; e seja lá como as Igrejas se comportem, creio que a voz de Jesus ainda será ouvida por uma grande parte da humanidade, como nunca o foi até hoje.
     Meu viver na Terra aproxima-se do fim; pouco importa, espero não ir-me antes de dar o meu testemunho da graça e da verdade que emanam desse divino Ser -- cujo amor pelos homens pode ser obscurecido pelos dogmas, mas nunca deixará de ser acessível aos mansos e humildes.
     A intercomunhão entre os estados, ou graus da existência, não se limita a mensagens a amigos ou parentes, ou a conversas com personalidades do nosso nível -- isto constitui uma pequena parte da verdade inteira; esse intercurso entre os estados da existência traz consigo -- ocasionalmente às vezes, às vezes inconscientemente -- comunhão com altíssimas almas que se foram antes de nós. A verdade dessa influência contínua coincide com as mais altas Revelações feitas ao gênero humano. Esta verdade, quando assimilada pelo homem, significa a certeza da realidade da oração, bem como a certeza da simpatia ou graça d'Aquele que jamais desprezou os que sofrem, os pecadores, os humildes; e significa ainda mais: a possibilidade, algum dia, de um olhar ou de uma simples palavra do Eterno Cristo. ("Raymond", Edigraf, 1972, trad. de Monteiro Lobato).
    
     Para finalizar, um último excerto, extraído do livro escrito por Lodge em 1928, "Why I Believe in Personal Immortality", traduzido por Francisco Klörs Werneck, ed. Calvário, 1973, sob o título "Por Que Creio na Imortalidade da Alma":

     Conheço o peso da palavra "fato" na Ciência e digo, sem hesitação, que a continuidade individual e pessoal é para mim um fato demonstrado. (...) A evidência da identidade pessoal está assim gradualmente estabelecida, de um modo sério e sistemático, pelo exame crítico de pesquisadores rigorosos e independentes e, sobretudo, pelos esforços especiais e altamente inteligentes dos comunicantes do Além. Para mim a evidência é virtualmente completa e não tenho dúvida alguma sobre a existência e a sobrevivência da personalidade, do mesmo modo que não a tenho sobre a dedução de uma experiência qualquer, comum e normal.

domingo, 15 de setembro de 2013

95) "A Personalidade Humana", a grande obra de Frederic Myers

Frederic Myers

     Enquanto nos países latinos, o principal nome do Espiritismo é o seu codificador Allan Kardec, com sua obra básica, "O Livro dos Espíritos", nos países de língua inglesa o nome mais citado é o do inglês Frederic Myers, com seu livro "A Personalidade Humana e Sua Sobrevivência à Morte Corporal". Mas enquanto o livro de Kardec é, essencialmente, uma grande obra filosófica, com diversas implicações morais e religiosas, o trabalho de Myers é essencialmente científico, com algumas considerações morais em seu epílogo. Há, no Brasil, uma tradução  resumida da obra de Myers, com 348 páginas, intitulada "A Personalidade Humana", publicada pela Edigraf, sem indicação de data e tradutor. Pesa contra o trabalho de Myers o seu estilo, algo rebuscado e complexo (ele era um literato), o que torna um pouco complicadas certas passagens do seu livro. Não tenho elementos para julgar acerca da qualidade da tradução. Contudo, em linhas gerais e do ponto de vista científico, o livro é muito bom. 
     De minha parte, já havia escrito sobre Myers e suas ideias nos artigos 62 e 63 deste blog, que indico aos leitores mais interessados, e no anterior a este. Complemento minhas referências a ele através de alguns excertos da sua obra principal, "A Personalidade Humana", tradução brasileira.

     O "eu" consciente de cada um de nós ou, designando-o melhor, o "eu supraliminar" (porque situado acima do limiar da nossa consciência) não pode compreender a totalidade da nossa consciência e de nossas faculdades. Existe uma consciência mais vasta, com faculdades mais profundas, da qual a consciência e as faculdades desta vida se desenvolveram em consequência de uma seleção. A maioria dessas faculdades permanecem latentes durante a vida terrena, e só se restabelecem em toda a sua plenitude depois da morte.
     Cheguei lentamente a esta conclusão, que tomou para mim a forma atual há uns 14 anos, como consequência de profundas reflexões baseadas em provas que se multiplicavam progressivamente. Trata-se de um conceito que foi até agora considerado como exclusivamente místico. Se eu agora me dedicar a dar-lhe uma base científica, não terei a oportunidade de poder formulá-lo em termos definitivos, nem de apoiá-lo com a ajuda de bons argumentos, que só uma experiência mais extensa é capaz de fornecer. Mas o valor deste conceito aparecerá aos olhos do leitor, se examinar a sucessão das diferentes provas expostas neste livro. ( - )
     Por outro lado, designo por "eu subliminar" a parte do "eu" que permanece abaixo do limiar da consciência, e admito que possa existir não só cooperação entre essas duas correntes de pensamento quase independentes, mas também mudanças de nível e variações da personalidade, de tal forma que o que está sob a superfície pode chegar à superfície e manter-se ali de maneira mais ou menos provisória ou permanente. E considero, por fim, que todo "eu" do qual possamos ter consciência nada mais é do que um fragmento do "eu" mais vasto que de cada vez se revela, modificado e limitado por um organismo que não permite a sua manifestação plena e completa. ( - )
     No nosso estudo, encontraremos um grupo de fenômenos que nos mostrará esses afloramentos subliminares, os impulsos e as comunicações que chegam das camadas profundas da personalidade às camadas superficiais, diferindo, com frequência, pela sua qualidade, de todo elemento conhecido de nossa vida supraliminar ordinária. São diferentes porque implicam numa faculdade da qual não tivemos nenhum conhecimento precedente, e por serem produzidos num meio do qual não tivemos até hoje ideia alguma.
     Toda a minha obra visa a justificar esta ampla afirmação. De fato, a telepatia, percepção de pensamentos sem a intervenção dos órgãos sensoriais conhecidos, e a telestesia, visão de cenas à distância, sugerem uma incalculável extensão de nossas faculdades mentais e uma influência exercida sobre nós por espíritos mais livres, menos embaraçados que o nosso. ( - )
     Podemos, então, influenciar-nos mutuamente à distância pela telepatia. E se os nossos espíritos encarnados podem trabalhar assim, de um modo independente, pelo menos na aparência, do organismo material, temos então uma presunção a favor da existência de outros espíritos independentes dos corpos e suscetíveis de nos influenciarem da mesma maneira. ( - )
     No capítulo VI, estudaremos os aquilo que os autores franceses chamam de "alucinações verídicas". Encontraremos então fenômenos que parecem ter sua origem num espírito estranho ao do sensitivo. E mostraremos que esta origem deve ser antes buscada em espíritos de outras pessoas vivas, o que nos levará a passar em revista as diferentes formas de telepatia. Mas o conceito de telepatia, por sua própria natureza, não deve estar limitado aos espíritos ainda presos a um corpo, e teremos provas a favor das comunicações diretas entre os espíritos encarnados de um lado, e os espíritos desencarnados do outro. ( - )
     Francis Bacon previu a vitória progressiva da observação e da experimentação, o triunfo do fato real e analisado em todos os domínios do saber humano; em todos, menos em um. Com efeito, abandonou à Autoridade e à Fé o domínio das "coisas divinas". Desejo mostrar que esta grande exceção não está justificada. Acho que existe um método de chegar ao conhecimento dessas coisas divinas com a mesma certeza e segurança tranquila que devemos aos progressos no conhecimento das coisas terrestres. A autoridade das religiões e das igrejas será, dessa forma, substituída pela observação e a experimentação. Os impulsos da fé se transformarão em convicções racionais e solucionadas, que farão nascer um ideal superior a todos os que a humanidade concebeu até hoje. ( - )      
     Observemos a história positiva da Civilização Ocidental. Na época em que as múltiplas crenças locais, rituais, disseminadas como soluções parciais de problemas cósmicos, destruíam-se mutuamente por simples contato e fusão, produziu-se um acontecimento que, nos reduzidos anais da civilização humana, em seus albores, pode ser considerado como ímpar. Foi vivida uma vida durante a qual a resposta mais alta que o instinto moral humano jamais recebera, viu-se corroborada por fenômenos que todo o mundo, por falta de conhecimentos específicos, considera milagrosos, e dos quais a Ressureição foi a expressão culminante.( - ).
     O cristianismo repousa, incontestavelmente, sobre uma base formada por fatos observados. Estes fatos, tal como nos transmitiu a tradição, tendem seguramente a provar o caráter super-humano do fundador do cristianismo e seu triunfo sobre a morte, e, ao mesmo tempo, a existência e a influência de um mundo espiritual, que é a verdadeira pátria do homem. Todos reconhecem que essas ideias se encontram na origem da fé. Mas desde os primórdios, o cristianismo foi elaborado em códigos morais e rituais adaptados à civilização ocidental, e creem alguns que adquiriu, como regra de vida, o que perdeu como simplicidade espiritual. ( - )
     Qual é o sistema que nos forneceu uma confirmação tão profunda da própria essência da revelação cristã? Jesus Cristo gerou "a vida e a imortalidade". Por sua aparição após a morte corporal, provou a imortalidade do espírito. Por seu caráter e seus ensinamentos, provou a paternidade de Deus. Tudo o que sua mensagem continha de dados demonstráveis estão aqui demonstrados; todas as suas promessas de coisas indemonstráveis para a época, estão aqui comprovadas. Aventurar-me-ei a uma opinião e a predizer que, graças aos novos dados que possuímos, todos os homens inteligentes e ponderados acreditarão, em futuro próximo, na ressureição do Cristo, enquanto que, sem esses dados, quase ninguém acreditaria nela jamais. ( - )
     Nossos recentes conhecimentos confirmam, dessa forma, as antigas correntes de pensamento, de um lado corroborando o relato da aparição do Cristo após a morte, e nos fazendo ver, de outro, a possibilidade de uma encarnação benfazeja de almas que, antes de sua encarnação, eram superiores à do homem. Isto relativo ao passado. E no que diz respeito ao futuro, confirmam o conceito oriental de uma infinita evolução espiritual à qual se submete todo o Cosmos. Ao mesmo tempo, revestindo-se de um caráter de realidade cada vez mais pronunciado,o fato de nossa comunicação com os espíritos libertos nos proporciona um sustentáculo imediato e nos deixa entrever a perspectiva de um desenvolvimento infinito, que consistirá num acréscimo da santidade, numa interpenetração cada vez mais íntima dos mundos e das almas, numa evolução da energia e da vida na tríplice concepção da sabedoria, do amor e da felicidade. Este processo, que se realiza de uma maneira diversa para cada alma em particular, é, em si mesmo, contínuo e cósmico, porque a vida, que nasce da energia primitiva, diviniza-se, para se converter na felicidade suprema.

     Concluo com um texto, sobre Myers, emitido pelo psicólogo suíço Théodore Flournoy, já por mim citado no artigo nº 62: "Se futuras descobertas científicas vierem a confirmar a tese espírita de Myers, o seu nome será inscrito no livro de ouro dos iniciados, e junto aos de Copérnico e Darwin, completará a tríade de gênios que mais profundamente revolucionaram o pensamento da humanidade, nas ordens cosmológica, biológica e psicológica."
     

sábado, 14 de setembro de 2013

94) Frederic Myers, o famoso psicólogo inglês que se tornou espiritualista: uma pesquisa moderna sobre sua vida e obra.

Anseios imortais: F. W. H. Myers e a busca vitoriana para a vida após a morte.

Autor: Trevor Hamilton
Editor: Imprint Acadêmico de 2009
Preço: £ 19.95 (paperback)
ISBN: 9781845401238
Classificação:

 

Um retrato vivo de um pioneiro da SPR e da elite social em que viveu.


Por Tom Ruffles
Jun 2010
Interesse em Frederic William Henry Myers (1843-1901), um dos fundadores da Sociedade de Pesquisas Psíquicas (SPR), tem crescido nos últimos anos, e agora Trevor Hamilton demonstrou sua importância ainda mais com esta primeira biografia completa. Hamilton tem pesquisado os prolíficos escritos de Myers e os de seus contemporâneos, assim como a grande literatura secundária, e sua apresentação clara permite ao leitor acompanhar a vida de Myers e o desenvolvimento de seu pensamento. Ele também lança luz sobre a cultura da elite final da era vitoriana - política, literária e científica -, olhando para as extensas relações sociais de Myers. O resultado é um livro que será essencial para os futuros historiadores de ambos, Myers e a SPR, e de valor para os alunos que buscam um conhecimento mais geral daquele período.

Isso, porém, não é uma hagiografia. Hamilton discute questões controversas como a relação de Myers com Annie Marshall, a mulher de seu primo que se matou, e se a morte de seu colega e amigo próximo Edmund Gurney foi acidente ou suicídio. Mas onde os críticos de Myers, nomeadamente Trevor H Hall, tiraram aspectos menos simpáticos, complementando-os com insinuações e especulações infundadas, Hamilton traça um retrato mais veraz que contraria essas interpretações parciais e distorcidas.

Myers é mostrado às vezes ser narcisista, esnobe, com um grande senso de seu status e valor. Mas, ao mesmo tempo, sua lealdade e seu calor para a sua família e seus amigos é realçada com vigor. Quando não foi possível chegar a uma conclusão definitiva, Hamilton pesa as probabilidades e tendências onde a prova se esgota e a especulação informada começa. O resultado é uma representação de pontos fortes e fracos de Myers, mas, mais importante ainda, uma exploração do que é de valor em seu legado, suas pioneiras pesquisas no campo da paranormalidade, quando cunhou a palavra telepatia.

É evidente que ele foi o principal colaborador das publicações da SPR em suas duas primeiras décadas, e seu principal pilar como pesquisador e sistematizador. Tendo em conta que a sua formação foi nos clássicos, Myers absorveu uma quantidade enorme de psicologia. Mas sua linguagem era freqüentemente obscura e é crédito de Hamilton ter conseguido apresentar as idéias de Myers de forma clara e legível, pelo menos, tanto quanto lhe é permitido pela opacidade freqüente de estilo de seu biografado.

Anseios imortais aparece quando há um crescente interesse pelas idéias de Myers. Suas idéias, relativas à existência em nós, muito vezes não suspeitada, de um eu subliminar ( isto é de um eu subconsciente, situado abaixo do limiar da consciência, diferente do eu supraliminar, ou eu consciente, situado acima daquele limiar), eu subliminar dotado de sensações, pensamentos e emoções que, muitas vezes, escapam à consciência supraliminar, com anterioridade a Freud, não são apenas de interesse antiquado, elas estão mais uma vez sendo levadas a sério, como tendo relevância para a psicologia moderna, enquanto Freud está em declínio. O resultado é uma adição valiosa para o pequeno número de obras que tratam de uma forma crítica, mas de acordo com os esforços de Myers e outros pioneiros da SPR, de como eles procuraram sondar, sinceramente, e apesar de suas fragilidades pessoais, os mistérios da alma humana. Myers foi o que mais se destacou, especialmente, através de duas grandes obras, a primeira delas sendo "A Personalidade Humana e Sua Sobrevivência à Morte Corporal", publicação póstuma, de 1903, em 2 volumes, de 1360 páginas, e a outra, muito conhecida e mais antiga, escrita em parceria com Edmund Gurney e Frank Podmore, de 1886, 770 páginas, também em 2 volumes, intitulada "Fantasmas dos Vivos".

Fonte: http://www.forteantimes.com/reviews/books/3625/immortal_longings_fwh_myers_and_the_victorian_search_for_life_after_death.html

Frederic Myers

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Frederic Myers com seus filhos Sylvia e Harold.
Frederic William Henry Myers (6 de fevereiro de 184317 de janeiro de 1901) foi um intelectual, ensaísta, psicólogo e poeta britânico, notabilizando-se como um dos pioneiros na pesquisa de fenômenos paranormais no final do século XIX e co-fundador da "Society for Psychical Research" (SPR).


Biografia

Filho de um reverendo anglicano, perdeu o pai na infância, ligando-se estreitamente à sua mãe. Cresceu em ambiente favorável aos estudos, vindo a obter formação intelectual no conhecido Trinity College de Cambridge. Destacou-se no estudo da cultura clássica greco-latina, tornando-se professor na área, mas posteriormente abandonou esta atividade para ser inspetor de ensino nomeado pela coroa britânica no distrito de Cambridge.
Desposou Eveleen Tennant, filha de uma rica família londrina. A esposa de Myers dedicou-se à fotografia amadora e acabou por produzir notáveis retratos de eminentes figuras da sociedade britânica da época. O casal Myers teve três filhos: Leopold, Harold e Sylvia. Leopold Myers tornou-se um novelista de considerável destaque.
Frederic Myers dedicou as últimas duas décadas de sua vida aos estudos dos fenômenos paranormais, com inúmeras viagens pela Europa e Estados Unidos pesquisando médiuns como Eusápia Paladino e Leonora Piper. Manteve estreita amizade com os filósofos William James e Henry Sidgwick.
Faleceu em 1901 em Roma, possivelmente de hipertensão maligna com falência renal. Seus amigos e companheiros da SPR editaram e publicaram postumamente, em 1903, a grande obra "Human Personality and It's Survival Of Bodily Death". Eveleen Myers editou e publicou uma coletânea dos poemas do falecido marido.
Em 2009 foi lançada a biografia "Immortal Longings: F.W.H. Myers and the Victorian Search for Life After Death" de Trevor Hamilton.

Carreira Literária

Em termos litarários, Myers se autodefinia como um poeta menor. De fato não se tratava de falsa modéstia, pois sua produção poética não chegou a ser considerada de primeiro escalão, embora alguns de seus poemas tenham se tornado muito populares na época, por exemplo Saint Paul e The Renewal of Youth (1882). Myers dedicou-se também à crítica literária, publicando por exemplo a obra Woodsworth (1881). Na condição de ensaísta, publicou a obra Essays, Classical and Modern (1883) em dois volumes. Os ensaios sobre Virgílio e sobre os Oráculos da Grécia Antiga são considerados expoentes do gênero.

Investigações Psíquicas

Em 1882 Frederic Myers, ao lado de Henry Sidgwick, Edmund Gourney e Frank Podmore, encabeçam a fundação da Sociedade de Pesquisas Psíquicas (Society for Psychical Research - SPR). O grupo de intelectuais britânicos almejava investigar os fenômenos espiritualistas tão em voga na época, de um ponto de vista racional e equânime, a partir de análises dos relatos e também da participação in loco de sessões onde ocorriam os alegados fenômenos paranormais. A SPR editou um jornal científico divulgando suas investigações, e continua ativa até o presente momento, permanecendo a sede em Londres. Myers foi o presidente da SPR em 1900. O filósofo e psicólogo americano William James, amigo pessoal de Myers, participou da SPR e posteriormente fundou nos Estados Unidos a American Society For Psychical Research - ASPR.
Uma importante e extensa obra publicada pela SPR intitula-se Phantasms Of The Livings, de 1886, escrita por Edmund Gourney e Frederic Myers com extensa colaboração de Frank Podmore, na qual são analisados 702 casos em que abrangem, nas palavras de Myers, "todas as transmissões de pensamento e sentimento de uma pessoa para outra, por meios outros que as reconhecidas vias sensoriais". Myers cunhou o termo telepatia para designar tais transmissões, terminologia que se consagrou pelo uso até os dias atuais.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

93) Alfred Russel Wallace, o biólogo e naturalista inglês, que se tornou ardoroso adepto do "Modern Spiritualism"

"Modern Spiritualism" (Espiritualismo Moderno) é o termo empregado nos países de língua inglesa para significar aquilo que, nos países latinos, foi denominado "Espiritismo", por Allan Kardec, em sua grande obra "O Livro dos Espíritos". Abaixo, um breve resumo da vida de Wallace que extraí de duas enciclopédias, "Tudo" e "Lello Universal".

Alfred Russel Wallace (1823-1913), foi um biólogo e naturalista inglês, considerado o pai e fundador da Geografia Biológica, ou Biogeografia, que consiste na classificação de vegetais e animais em seus "habitat" naturais, segundo as diferentes zonas geográficas do planeta. De 1848 a 1852 percorreu o Amazonas e o Pará, recolhendo material botânico e zoológico, em companhia do entomólogo H. Bates. Formulou, então, independentemente de Darwin, uma teoria sobre a origem das espécies com base na seleção natural. Os resultados do seu trabalho foram apresentados, em 1858, junto com os de Darwin, à Sociedade Lineana de Londres. Wallace é considerado o co-autor,  juntamente com Darwin, da teoria de transformação das espécies, por via da seleção natural. Mais tarde verificou-se que Darwin já estava trabalhando, em sua teoria, há muito mais tempo que Wallace.

Declarações de Wallace:
Eu era um materialista tão convicto que não admitia absolutamente a existência espiritual, nem qualquer outro agente no universo além da força e da matéria. Os fatos, entretanto, são coisas pertinazes.
A minha curiosidade foi primeiro despertada por alguns fenômenos ligeiros, mas inexplicáveis, que se produziam em uma família amiga; o desejo de saber e o amor à verdade forçaram-me a prosseguir nas pesquisas.
Ora, os fatos tornaram-se cada vez mais certos, cada vez mais variados, cada vez mais afastados de tudo quanto a ciência moderna ensina, e de todas as especulações da filosofia dos nossos dias, e, afinal, venceram-me. Eles me forçaram a aceitá-los como fatos, muito antes de eu admitir a sua explicação espiritual -- não havia nesse tempo, em meu cérebro, lugar para esta concepção -- pouco a pouco, um lugar se fêz, não por opiniões preconcebidas ou teóricas, mas pela ação contínua de fatos sobre fatos, dos quais ninguém se poderia desembaraçar de outra maneira.
O espiritualismo moderno está tão bem demonstrado quanto a lei da gravitação.

(Citações apud "Fatos Espíritas", ed. Feb, 1957). 

Obs. minha: Há dois livros de Wallace, versando assuntos espiritualistas, já publicados no Brasil, em excelente tradução do Prof. Jáder dos Reis Sampaio, cujos títulos são "O Aspecto Científico do Sobrenatural" e "Diálogo com os Céticos".


Alfred Russel Wallace, OM, FRS (Usk, País de Gales, 8 de janeiro de 1823Broadstone, Dorset, Inglaterra, 7 de novembro de 1913) foi um naturalista, geógrafo, antropólogo e biólogo britânico.
Em fevereiro de 1858, durante uma jornada de pesquisa nas ilhas Molucas, Indonésia, Wallace escreveu um ensaio no qual praticamente definia as bases da teoria da evolução e enviou-o a Charles Darwin, com quem mantinha correspondência, pedindo ao colega uma avaliação do mérito de sua teoria, bem como o encaminhamento do manuscrito ao geólogo Charles Lyell.1
Darwin, ao se dar conta de que o manuscrito de Wallace apresentava uma teoria praticamente idêntica à sua - aquela em que vinha trabalhando, com grande sigilo, ao longo de vinte anos - escreveu ao amigo Charles Lyell: "Toda a minha originalidade será esmagada". Para evitar que isso acontecesse, Lyell e o botânico Joseph Hooker - também amigo de Darwin e também influente no meio científico - propuseram que os trabalhos fossem apresentados simultaneamente à Linnean Society of London, o mais importante centro de estudos de história natural da Grã-Bretanha, o que aconteceu em 1 de julho de 1858. Em seguida, Darwin decidiu terminar e publicar rapidamente sua teoria: A Origem das Espécies foi publicada logo no ano seguinte.
Wallace foi o primeiro a propor uma "geografia" das espécies animais e, como tal, é considerado um dos precursores da ecologia e da biogeografia e, por vezes, chamado de "Pai da Biogeografia".

Concepções espíritas e aplicação da teoria à Humanidade



Alfred Russel Wallace, e assinatura, da capa de Darwinism (1889)
Em uma carta a um parente em 1861, Wallace escreveu: "Penso ter razoavelmente escutado e ponderado as evidências de ambos os lados e continuo um completo descrente de quase tudo o que você considera serem as verdades mais sagradas... Posso ver muito a ser admirado em todas as religiões... Mas quanto a haver um Deus e qual seja a Sua natureza; quanto a termos ou não uma alma imortal ou quanto ao nosso estado após a morte, não posso ter medo algum de ter que sofrer pelo estudo da natureza e pela busca da verdade...."
Em 1864, antes que Darwin tivesse abordado publicamente o assunto—apesar de outros o terem—Wallace publicou um artigo, The Origin of Human Races and the Antiquity of Man Deduced from the Theory of 'Natural Selection' (A Origem das Raças Humanas e a Antiguidade do Homem Deduzidos da Teoria de "Seleção Natural"), aplicando a teoria à Humanidade. Wallace tornou-se a seguir um espiritista e, mais tarde, argumentou que a seleção natural não poderia justificar o gênio matemático, artístico ou musical, nem contemplações metafísicas, a razão ou o humor, e que algo no "invisível universo do Espírito" tinha intercedido pelo menos três vezes na história:

  1. A criação da vida a partir da matéria inorgânica.
  2. A introdução da consciência nos animais superiores.
  3. A geração das faculdades acima mencionadas no espírito humano.
Ele também acreditava que a razão de ser do universo era o desenvolvimento do espírito humano (ver Wallace (1889)). Essas concepções muito perturbaram Darwin ao longo de sua vida, argumentando ele que apelos espirituais eram desnecessários e que a seleção sexual podia facilmente explicar esses fenômenos aparentemente não adaptativos.
Em 1865 Wallace investigou os fenômenos das mesas girantes ainda tão em voga na Europa; a mediunidade de Mr. Marshall, de Mr. Cuppy e outras, afirmando mais tarde que as comunicações com espíritos "são inteiramente comprovadas tão bem como quaisquer fatos que são provados em outras ciências".
Em muitos relatos da história da teoria da evolução, Wallace é relegado ao papel de um simples estímulo para a teoria do próprio Darwin. Na realidade, Wallace desenvolveu suas próprias concepções distintas sobre a evolução (concepções essas que divergiam das de Darwin) e era considerado por muitos (especialmente por Darwin) como um pensador de primeira grandeza sobre a teoria da evolução no seu tempo, e cujas ideias não podiam ser ignoradas. Ele é um dos naturalistas mais citados na obra de Darwin Descent of Man (A Origem do Homem), frequentemente dele discordando fortemente.


Wallace Centre

Em 14 de julho de 2005, o Ministro Chefe Pehin Sri Dr Haji Abdul Taib Mahmud instou a Unimas [2] a criar o Wallace Centre (Centro Wallace, em Santubong) em um esforço para inspirar jovens cientistas a desenvolver mais pequisas sobre a rica biodiverisdade do país.
  • WCS Sarawak. Um centro completo a ser estabelecido e denominado em honra do renomado naturalista britânico irá inspirar jovens cientistas a desenvolver mais pequisas sobre biodiversidade em Sarawak, na Borneo Malaia.

Publicações

Wallace foi um autor prolífico. Em 2002, um historiador de ciência publicou uma análise quantitativa das publicações de Wallace. Ele descobriu que Wallace havia publicado 22 livros completos e pelo menos 747 peças curtas, 508 das quais eram artigos científicos (191 deles publicados na Nature). Ele ainda subdividiu as 747 peças curtas por seus assuntos primários: 29% eram sobre biogeografia e história natural, 27% eram sobre teoria da evolução, 25% eram críticas sociais, 12% eram de Antropologia, e 7% estavam ligados ao espiritismo.36 Uma bibliografia online de escritos de Wallace tem mais de 750 entradas.22

Prêmios

Dentre os muitos prêmios concedidos a Wallace vale citar a Order of Merit (Ordem do Mérito), de 1908, a Medalha Copley da Royal Society (Sociedade Real), de 1908, a Medalha do Fundador da Royal Geographical Society e a Medalha de Ouro da Linnean Society (Sociedade Lineana), de 1892.


Alfred Russel Wallace
Explorador, biólogo, biogeógrafo, antropólogo
Alfred Russel Wallace Maull&Fox BNF Gallica.jpg

Dados gerais
Nacionalidade Reino Unido Britânico

Nascimento 8 de janeiro de 1823
Local Usk, Gales

Morte 7 de novembro de 1913 (90 anos)
Local Broadstone, Inglaterra

Actividade
Campo(s) Explorador, biólogo, biogeógrafo, antropólogo
Conhecido(a) por codescobrir a seleção natural e por suas obras em biogeografia

Prêmio(s) Medalha Real (1868), Medalha Darwin (1890), Medalha Copley (1908)

Informações mais completas no seguinte "link" da Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Russel_Wallace