sexta-feira, 4 de junho de 2010



30)11 Abr 2010
Texto de Bozzano Sobre os Fenômenos de Desdobramento

Os fenômenos de bilocação (ou desdobramento) assumem um valor teórico resolutivo para a demonstração experimental da existência e sobrevivência do espírito humano, uma vez que comprovam a existência imanente, no corpo físico, de um "duplo psíquico" ou "duplo astral", suscetível de afastar-se temporariamente do corpo físico, durante a existência encarnada. Daí a sugestiva inferência de que, quando a crise da morte operar a separação definitiva entre o "duplo" e o corpo físico, o duplo (com a sua consciência espiritual) continuará a existir em condições apropriadas de ambiente, desenvolvendo, então, normalmente as suas faculdades de ordem paranormal (memória integral, telepatia, clarividência e premonição), faculdades estas que já existiam, pré-formadas, em estado potencial, na subconsciência dos espíritos encarnados, prontas a se exercitarem após a crise da morte. Assim, quando a existência efetiva dos fenômenos de bilocação for alcançada pela ciência, quando se der o grande acontecimento, então no horizonte do cognoscível humano despontará a alvorada de uma nova era, em que as bases do saber terreno deixarão de se assentar na concepção mecânico-positivista do Universo para se estabelecerem sobre a concepção dinâmico-espiritualista do Ser, com todas as consequências científicas, filosóficas, morais e ético-sociais que daí decorrerão.
De outro ponto de vista e mediante as novas concepções relativas ao ser, muito melhor se explicariam as causas por que um indivíduo perde temporariamente a razão sob a influência de uma bebida alcoólica, ou deixa de raciocinar continuamente se o cérebro físico funciona em desordem como na demência. Em realidade, o cérebro seria apenas o aparelho indispensável a traduzir, em termos de vibrações psíquicas perceptíveis ao espírito encarnado, as impressões que do mundo exterior lhe cheguem, por via dos sentidos, sob a forma de vibrações físicas. Tornar-se-ia então evidente que, se o aparelho transformador das "vibrações físicas" em "vibrações psíquicas" reage desordenadamente, o "eu" encarnado não se achará em condições de receber corretas percepções exteriores, nem, muito menos, em condições de agir na periferia com pensamentos e atos apropriados, os quais continuarão a ser transmitidos, porém alterados e deformados em representações incongruentes pelo aparelho transformador.
Assim, a existência de uma patologia mental se concilia perfeitamente com a existência de um espírito que sobrevive à morte do corpo, isento pois das enfermidades que afligem o aparelho somático, de que ele se serve para entrar em relações com as manifestações do ambiente fenomênico, em que é seu destino viver e exercitar-se.
ERNESTO BOZZANO (trecho extraído do livro Fenômenos de Bilocação, Ed. Calvário, 1972, trad. de Francisco Klors Werneck).

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