sexta-feira, 4 de junho de 2010



25)08 Abr 2010
Ernesto Bozzano e a Notável Imagem das "Zonas Lúcidas" na Mentalidade Humana

Diz o filósofo italiano:
Há uma classe de pesqisadores cépticos que são atacados por uma forma de imperfeição de raciocínio que lhes causa notáveis desvios do critério lógico. Entre eles arrolam-se pessoas cultíssimas e respeitabilíssimas, mas que se mostram possuídas de formas de cepticismo que já não são raciocináveis e que nunca se dissiparão, nem mesmo que se lhes pusesse à disposição o imponente conjunto de todas as provas multiformes e admiráveis vindas à luz no passado e no presente, apenas porque suas mentalidades não se acham preparadas para acolher a grande verdade nova que desponta no horizonte do cognoscível humano. Assim sendo, eles não chegam a assimilar a maravilhosa coletânea dos casos.
Cumpre acrescentar que, para eles, não existe a eficácia irresistível das provas cumulativas, uma vez que constantemente, sucessivamente, rapidamente, esquecem todos os episódios que contrastam com os seus preconceitos, mas conservam imperecível lembrança de todas as dúvidas de uma ciência que dá os primeiros passos, dúvidas que, conquanto reais, são de ordem secundária e não infirmam o grande fato de havermos conseguido organizar imponentes classificações de variadíssimos fenômenos paranormais -- anímicos e espiríticos -- todos convergentes para a demonstração da existência e sobrevivência do espírito humano, fenômenos que se convertem em provas cumulativas invulneráveis a todas as hipóteses e a todas as sutilezas sofísticas com que os assaltam, desesperadamente, os "materialistas totalitários".
Aplicam-se-lhes, portanto, as seguintes considerações do Dr. Gibier:

"É maior do que se possa crer o número das inteligências que sofrem de "lacunas psíquicas". Assim como há indivíduos totalmente refratários, por exemplo, à Matemática ou à Física, também há os que não chegarão nunca a assimilar as verdades existentes fora de tudo quanto se pode denominar a sua "zona lúcida", tomando esta imagem à função desses refletores elétricos que, nas noites mais escuras, lançam seu feixe luminoso numa dada região, além da qual somente existem trevas e a mais profunda obscuridade. Todas as pessoas possuem a sua "zona lúcida", se bem que com amplitudes muito diversas entre si. Daí decorre que há Verdades manifestas que se conservam inconcebíveis para muitas inteligências, o que se dá porque tais Verdades estão situadas fora das suas respectivas "zonas lúcidas". (Dr. Gibier, Análise das Coisas, págs. 33-34).

É precisamente assim (continua Bozzano) e a feliz imagem das "zonas lúcidas" se revela de tal modo correspondente à verdade que resulta aplicável à humanidade inteira, sob múltiplos aspectos, mas aplicável, sobretudo, ao nosso caso, não o esqueçamos. Exorto, portanto, os leitores a tê-la presente para dela se servirem oportunamente, quando se lhes apresente ocasião.
Resta assinalar o corolário curioso e inevitável dessa característica psicofisiológica das "zonas lúcidas" na mentalidade humana. Esse corolário é que aqueles que não possuem uma "zona lúcida" orientada para a compreensão da nova "Ciência da Alma" vivem na ilusão de possuir discernimento íntegro em todos os sentidos e, por consequência, lançam aos outros a pecha de serem vítimas de preconceitos místicos. Posta a questão nestes termos, não há porque insistir em querer convencer a quem não se acha nas condições psicológicas aptas à compreensão.

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