sexta-feira, 4 de junho de 2010



11)01 Abr 2010
As Três Fases, Dimensões e Aspectos do Universo (1)

(Os três artigos que se seguem constituem um mísero resumo da obra mediúnica "A Grande Síntese" ed. da FEB, 1939, trad. de Guillon Ribeiro, recebida pela inspiração do Prof. Pietro Ubadi, e transmitida por uma entidade espiritual que Ubaldi denominou "Sua Voz").

Para qualquer observador, o universo se apresenta como trifásico e tridimensional.

O universo é trifásico porque três são as suas fases ou níveis de existência: Matéria (símbolo: M), Energia (símbolo: E) e Espírito (símbolo: S).

O universo é tridimensional porque essas três fases existem nas dimensões relativas de espaço (dimensão da matéria), tempo (dimensão da energia) e consciência (dimensão do espírito).

Por outro lado, qualquer empreendimento que intentemos realizar obedece a três momentos sucessivos: 1º - pensamento, concepção; 2º - execução, ação; 3º - realização, criação. De modo que, partindo dessas premissas, poderíamos traçar o seguinte quadro simbólico:

Momentos: concepção, ação, criação.
Fases: espírito (S), energia (E), matéria (M).
Dimensões: consciência, tempo, espaço.

Lendo de cima para baixo, o significado se tornará mais claro.

O universo possui também três aspectos: estático, cinemático e dinâmico (ou conceitual).

No aspecto estático, o universo é imaginado em imobilidade e estudado quanto à sua constituição interior: neste aspecto, reencontramos sempre as três fases que o constituem; portanto, do ponto de vista simbólico-matemático, o aspecto estático do universo pode ser representado por: M, E, S.
No aspecto cinemático, o universo é estudado quanto ao incessante transformismo de todas as suas partes: neste aspecto, encontramos sempre uma evolução contínua que leva da matéria para a energia, e desta para o espírito; assim, do ponto de vista simbólico-matemático, o aspecto cinemático do universo pode ser representado por: M ---> E ---> S.
No aspecto dinâmico ou conceitual, o universo é estudado quanto ao princípio ou lei que rege o seu permanente transformismo. O aspecto dinâmico pode ser subdividido em dois sub-aspectos: o dinâmico-cinemático e o dinâmico-estático.

Observamos que, no universo, não existe nunca um movimento caracterizado por um deslocamento unilateral, dirigido num único sentido, mas um deslocamento completo, fechado em si mesmo, na sua contraparte inversa e complementar, formando um ciclo completo. (De fato, no relativo em que vivemos, toda unidade é composta de duas metades inversas e complementares). Assim, o movimento evolutivo M ---> E ---> S que vimos constituir o aspecto cinemático do universo, deve ser precedido por outro, involutivo, qual seja S ---> E ---> M, para completar e formar o ciclo completo.

Desta forma, do ponto de vista simbólico-matemático, o sub-aspecto dinâmico-cinemático pode ser representado, em sua integralidade, por:
(S ---> E ---> M ---> E ---> S) = W, onde W representa exatamente o Universo, o Todo. Uma outra representação poderia ser feita através de um triângulo equilátero, em que S se encotra no vértice superior do triângulo, E e M nos vértices das bases, e W ocupa o centro do triângulo.

No sub-aspecto dinâmico-estático, mais do que o transformismo de suas fases, ressalta, sobretudo, a equivalência entre elas, de maneira que, do ponto de vista simbólico-matemático, o sub-aspecto dinâmico-estático pode ser representado assim:
( S = E = M ) = W, onde, mais uma vez, W representa o Todo, isto é, W está sempre inteiro e completo em cada uma das suas três fases, bem como em todas elas. "Este", diz Sua Voz, "é o conceito mais completo de Deus, ao qual somente agora chegamos: a grande Alma do universo, centro de irradiação e de atração; Aquele que é tudo -- o Princípio e suas manifestações. Eis aí o novo monismo, que sucede ao politeísmo e ao monoteísmo das idades idas. Aí está o conceito da Trindade, isto é, da Divindade una e trina, que já vos foi revelada sob o veu do mistério e que se vos depara nas religiões. Portanto, W é o Todo, no particular e no conjunto, no instante e na eternidade; é o relativo e o absoluto, o finito e o infinito, o abstrato e o concreto; é análise e síntese; é tudo".

Esta é a concepção monística de Pietro Ubaldi, que apresenta notável analogia com a panteístico-espiritualista de Ernesto Bozzano.

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