sexta-feira, 4 de junho de 2010



28)10 Abr 2010
Por que Existem Faculdades Paranormais na Subconsciência Humana?


As faculdades paranormais subconscientes (também chamadas faculdades anímicas, isto é, da alma humana encarnada), são: memória integral, telepatia (i.e., transmissão de pensamentos), clarividência (visâo espiritual propriamente dita,i.e., visão a distância através dos corpos opacos, fora de qualquer transmissão telepática de pensamentos), e premonição ou precognição (conhecimento pelo sensitivo, ao menos parcial, de eventos futuros). Essas faculdades parecem experimentalmente comprovadas pelas modernas pesquisas da Parapsicologia. Cabe agora a pergunta: qual a razão de existirem tais faculdades, de ordem paranormal, na subconsciência humana, se, como diz Frank Podmore, o ambiente terreno é inadequado ao exercício delas e não lhes justifica a emergência? A resposta nos é dada pelo mestre dos mestres, pelo "primus inter pares" na análise e dissecação dos fenômenos paranormais, o grande filósofo Ernesto Bozzano, que, no seu livro Animismo ou Espiritismo?, síntese extraordinária da sua obra de 40 anos, assim se pronuncia sobre o tema em questão:

"Assim como no embrião, no interior do ventre materno, existem, preformados e em estado potencial, os sentidos da existência terrena (visão, audição, olfato, paladar e tato), aguardando apenas, para emergir e atuar, o ambiente apropriado (i.e., terreno), que sucede à crise do nascimento, de modo análogo, na subconsciência humana existem, preformados e em estado potencial, os sentidos da existência espiritual (memória integral, telepatia, clarividência e premonição), aguardando apenas, para emergir e atuar, o ambiente apropriado (i.e., espiritual), que sucede à crise da morte. Em outros termos: as faculdades paranormais subconscientes, esporadicamente assinaladas em todos os tempos e por toda parte, na humanidade, são, na realidade, os sentidos espirituais do "eu" integral subconsciente (ou "eu" espiritual), os quais existem, preformados e em estado potencial, na subconsciência humana, esperando apenas o momento de emergir e atuar no meio espiritual, depois da crise da morte, tal como no embrião existem, preformados e em estado potencial, os sentidos terrenos, esperando apenas o momento de emergir e atuar no meio terreno, depois da crise do nascimento".
"Por outras palavras: se o espírito humano sobrevive à morte do corpo, os sentidos da existência espiritual já devem existir, preformados e em estado potencial, na subconsciência humana, pois tais sentidos espirituais, destinados a exercitar-se depois da crise da morte, não poderiam ser criados súbita e magicamente do nada no instante da morte, donde se conclui que, se na subconsciência humana não se verificasse experimentalmente a existência de faculdades de ordem paranormal, dever-se-ia concluir inexoravelmente que o espírito humano é aniquilado com a morte do corpo".
"Por outro lado, se o homem é um espírito encarnado, é lógico que, em dadas condições especiais de diminuição vital do organismo, as suas faculdades espirituais subconscientes consigam emancipar-se, em parte, dos vínculos da carne, emergindo, por momentos fugazes, no limiar da consciência normal; é o que se verifica durante certos estados, mais ou menos larvados, de inconsciência, como, por exemplo, no sono, no sonambulismo, no êxtase, delíquio, narcose, coma, e estas são precisamente as condições exigidas para que se produzam os fenômenos anímicos já por nós citados (memória integral, telapatia, etc.)".
"Das considerações expostas, depreende-se que os fenômenos anímicos são os que facultam ao homem a prova mais solene e incontestável da sobrevivência, de modo que o animismo prova o espiritismo, e não haveria espiritismo sem a existência do animismo". (Ernesto Bozzano, Animismo ou Espiritismo?, ed. FEB, 1987, trad. de Guillon Ribeiro).

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