segunda-feira, 6 de setembro de 2010

68) Algumas grandes obras da ciência espírita (2ª parte)

Camille Flammarion

Ernesto Bozzano


6) A Morte e o seu Mistério, de Camille Flammarion (editora da FEB).
Trata-se de três monumentais volumes sobre três palpitantes temas: ANTES, À VOLTA e DEPOIS DA MORTE.
Ao todo 1064 páginas de composição compacta e bem impressas, que formam um dos mais completos e positivos documentários sobre as três questões acima enunciadas.
O sábio astrônomo francês, diretor do Observatório de Juvisy e fundador da Sociedade Astronômica de França, seguindo um método de cunho eminentemente científico, sem frases, sem hipóteses nem dissertações metafísicas, apresenta FATOS, e tão somente FATOS, catalogados entre milhares de observações, escrupulosamente verificados, examinados e discutidos, e que resistem a quaisquer teorias que contra eles se tentem levantar.
Em síntese, o 1º volume estabelece, com provas irretorquíveis, através dos fenômenos de sugestão mental, transmissão do pensamento, visão à distância através dos corpos opacos, e pré-conhecimento do futuro, que a alma humana existe e independe do organismo físico; o 2º volume demonstra, à saciedade, a manifestação de fantasmas de vivos (fenômenos de desdobramento ou bilocação), bem como as aparições e manifestações de moribundos; o 3º volume, finalmente, abre a porta do túmulo, e, com testemunhos cuja autenticidade não pose ser negada, dá-nos a suprema CERTEZA da sobrevivência da alma após o trespasse, sua existência numa vida ultraterrena, e sua possibilidade de se comunicar com os que ficaram na Terra.
São, irrecusavelmente, três volumes graníticos, que nem o tempo nem os homens jamais conseguirão demolir, e cuja leitura se faz obrigatória para todos aqueles que meditam sobre os destinos humanos.
Ver, também, do mesmo autor, "As Casas Mal Assombradas" (ed. FEB).

7) A Propósito da Introdução à Metapsíquica Humana, de Ernesto Bozzano (Editora da FEB).
Trata-se de uma refutação ao livro "Introdução à Metapsíquica Humana", do psiquista francês René Sudre, que procurou infirmar a hipótese espírita através do que chamou "prosopose-metagnomia", termo empolado que significa uma mudança na personalidade do médium por sugestão ou autossugestão (prosopopese), combinada com as faculdades clarividentes do médium (metagnomia). No final do prefácio de sua obra, o grande mestre da Ciência da Alma afirma:
"Sob o ponto de vista pessoal meu -- que diametralmente diverge daquele em que se coloca Sudre -- é natural me disponha a analisar, discutir e refutar, ponto por ponto, as principais opiniões e hipóteses antiespíritas emitidas pelo autor, mormente por me parecer estar ele bem enfronhado no assunto e ser um pensador de talento indiscutível. É, sem dúvida alguma, um valente contendor, com o qual a discussão de grande proveito será, pois se apresenta na arena terçando as armas mais formidáveis dentre as que são usadas no campo em que milita".
À pág. 65, o filósofo italiano apresenta 11 categorias de fenômenos psíquicos inexplicáveis pela "prosopopese-metagnomia", ou por meio de qualquer teoria metapsíquica, discute e analisa cada uma delas em capítulos separados, e pulveriza todos os sofísticos argumentos de Sudre. Nas suas conclusões, Bozzano assim se pronuncia:
"Chegando ao termo deste trabalho, de ampla refutação de um livro excepcionalmente parcial e superlativamente sofístico, devo declarar-me plenamente convencido de, pelos fatos, haver provado que a "prosopese-metagnomia", hipótese fundamental sustentada por Sudre, para por ela explicar as manifestações metapsíquicas de efeitos inteligentes, de modo algum atinge o fim que teve em vista o autor".... "Daí se vê que o trabalho de Sudre, que apresentava manifestamente o grave inconveniente de não se propor a, através da Verdade chegar à Verdade, antes a intenção clara de, a todo transe, procurar demolir a hipótese espírita, encontrou a sorte que merecia, desmantelando-se por completo ao primeiro impacto com a eloquência demonstrativa dos fatos".
"E se outra é a opinião de Sudre a tal respeito, é que certamente dispõe de elementos que a justifiquem e então fácil lhe deverá ser achar uma explicação natural para todos os casos de que trata este meu trabalho, competindo-lhe refutar, uns após outros, todos os argumentos por mim apresentados em favor da sua gênese indiscutivelmente espírita. Uma explicação natural, repito, para todos os casos que eu acabo de relatar e não para alguns, escolhidos a dedo e que se prestem a exercitações sofísticas".

8) Povos Primitivos e Manifestações Supranormais, de Ernesto Bozzano (Editora Fé)
O autor apresenta uma série de casos selecionados e documentados acerca de manifestações paranormais entre os povos primitivos e selvagens, narrados por missionários e antropólogos que viveram muitos anos entre eles. Trata-se de uma análise acurada de documentos sobre a telepatia, a clarividência, a precognição, a levitação humana, os transportes, a voz direta, as materializações, as aparições dos vivos e dos mortos, e outras manifestações psíquicas que se realizam entre os povos selvagens.
O que, acima de tudo, importa notar, é que os fenômenos manifestados naqueles povos são, em tudo, análogos aos que se verificam junto a nós, povos civilizados. Isto tornar-se-á particularmente evidente porque o autor teve o cuidado de reviver continuamente, ou de citar os casos semelhantes da casuística europeia-americana. Esta exposição, comentada cientificamente, sem possibilidades de objeção e provida de casos moderníssimos, não deixará de interessar até a não cultores da Metapsíquica, como antropólogos, etnólogos e psicólogos.
Estes últimos encontrarão uma concepção totalmente nova acerca da gênese da ideia da sobrevivência do "eu" entre os selvagens; ideia que foi sempre atribuída, -- haja vista a escola de Spencer e seus partidários -- , entre os selvagens, a casos banais, como os fenômenos do sonho, do eco, da própria imagem refletida na água, etc.. Entretanto, na realidade, ela tem origem nos fatos verificados e indiscutíveis, como são os fatos metapsíquicos, que se realizam entre os povos selvagens, e isto contado pelos antropólogos que viveram entre eles, da mesma maneira que ocorrem entre nós. A importância e a originalidade dessas demonstrações de Bozzano assinalão o início de uma concepção totalmente nova nos campos da Antropologia e da Psicologia.

9) Os Animais Têm Alma?, de Ernesto Bozzano (Editora Eco)
Depois de escrever cerca de 103 obras, entre artigos para revistas, monografias e livros compactos, parece não haver ramo ou sub-ramo da casuística paranormal que não tenha sido escrupulosamente analisada e dissecada pelo "grande Mestre da Ciência da Alma". No caso em apreço, trata-se das manifestações psíquicas ocorridas com animais, nas quais eles figuram como percipientes ou agentes. Neste caso, a melhor informação sobre a obra é verificar o índice da mesma. Vejamos então:

Cento e trinta e quatro casos de manifestações de assombração, aparições e fenômenos paranormais com animais.
1ª Categoria: Alucinações telepáticas nas quais um animal desempenha o papel de agente.
2ª Categoria: Alucinações telepáticas nas quais um animal é o percipiente.
3ª Categoria: Alucinações telepáticas percebidas coletivamente pelo animal e pelo homem.
4ª Categoria: Visões de espíritos humanos obtidas fora de qualquer coincidência telepática e percebidas coletivamente por homens e animais.
5ª Categoria: Animais e premonições de morte.
1º Subgrupo: Manifestações premonitórias de morte percebidas coletivamente por homens e por animais.
2º Subgrupo: Aparições de animais sob forma simbólico-premonitória.
3º Subgrupo: Premonições de morte nas quais os animais são percipientes.
6ª Categoria: Animais e fenômenos de assombração.
1º Subgrupo: Animais que percebem coletivamente com o homem as manifestações de assombração
2º Subgrupo: Aparição de animais em lugares assombrados.
7ª Categoria: Materializações de animais.
8ª Categoria: Visão e identificação de fantasmas de animais mortos.

Nas suas conclusões, o filósofo italiano cita as definições que uma personalidade espiritual ditou à médium Lady Cathness: "O gás se mineraliza, o mineral se vegetaliza, o vegatal se animaliza, o animal se humaniza, o homem se diviniza". E continua:
"Se fossem acolhidas as conclusões acima, em favor da existência e da sobrevivência da psique animal, e da sua passagem ascensional através da escala dos seres, por meio de sucessivas reencarnações, até o ponto de se humanizar, uma nova luz esclareceria o eterno problema que todas as filosofias e todas as religiões se propuseram resolver sem consegui-lo: o grande problema da finalidade da vida no Universo".

10) Xenoglossia, de Ernesto Bozzano (Editora da FEB).
Trabalho monumental, talvez o mais notável e concludente sobre os fenômenos espíritas. Os fenômenos, devido à denominação que lhes deu o ilustre Prof. Charles Richet, nos quais o Espírito que se manifesta usa de um idioma absolutamente desconhecido do médium e, muitas vezes, ignorado também de todos os presentes às experiências, são, talvez, em toda a fenomenologia psíquica, os mais maravilhosos e, sem dúvida, os que mais perturbam e desorientam os inventores e cultores da Metapsíquica materialista, e quantos anseiam por poder negar, com alguma aparência de verdade, a fonte donde promanam os fatos que alicerçam o Espiritismo.
Tomando para objeto do seu novo trabalho de análise, dentre os já numerosíssimos casos de "xenoglossia", aqueles que foram observados e registrados de maneira rigorosamente científica, Bozzano, com a clareza de raciocínio e o vigor de lógica que o sagraram "primus inter pares", lhes aplicou, usando de método também puramente científico, todas as hipóteses "naturalísticas", como ele as qualifica, inventadas para explicá-los com exclusão da intervenção de entidades espirituais, e chegou sempre e sempre à demonstração positiva, insofismável, irretorquível, de que nenhuma de tais hipóteses pode se manter de pé; de que uma só os explica plenamente, satisfatoriamente e racionalmente: a hipótese espírita.
É tão completa, tão exaustiva a sua demonstração, que ele não trepida, e o faz a cada passo do seu trabalho, em desafiar todos os impugnadores, ainda os mais extremados dessa última hipótese, a que saiam a campo para lhe apontar uma falha de raciocínio e, por conseguinte, qualquer erro de conclusão. Tão formidáveis e certeiros foram os golpes que, produzindo essa demonstração, desferiu nas aludidas hipóteses naturalísticas, sem deixar de apreciar uma só delas, que, apesar de haver sido o referido trabalho publicado por partes, em números sucessivos da revista italiana "Riserca Psichica" (Pesquisa Psíquica), de setembro de 1931 a fevereiro de 1932, até hoje nenhuma das revistas metapsíquicas de cunho materialista sequer ousou aludir à sua publicação. Fato é este bem significativo da perturbação, do aturdimento que a portentosa obra do fecundo e ilustre pensador lançou nos arraiais metapsíquico-materialistas.

11) A Crise da Morte, Segundo o Depoimento dos Espíritos que se Comunicam, de Ernesto Bozzano (FEB e Editora do Conhecimento).
O que se sente no momento do desencarne? Como é o primeiro contato com a nova dimensão? Com quem realmente vamos nos encontrar? Qual será a nossa nova forma de vida no Além? Será mais feliz ou não do que a vida terrestre? Para responder, de forma cabal a essas perguntas, o grande sábio italiano escreveu a obra acima, em que realiza um notável trabalho de análise comparada sobre 30 casos de "revelações transcendentais", como são chamadas as revelações feitas por espíritos, falecidos, em geral, há pouco tempo e que narram, através de médiuns, as experiências que tiveram, o ambiente que encontraram e os fatos que lhes sucederam, após atravessar o período crítico que Bozzano denomina a crise da morte. Trata-se de um trabalho considerado dos mais importantes pelos que estudam, de um modo científico, a doutrina espírita. Assim, diz o grande mestre italiano:

"Até aos nossos dias, as narrações dos Espíritos (sobre o meio em que se acham após a crise da morte) pareceram mesmo aos pensadores ponderados, sem distinção de escola, de tal modo absurdas, inverossímeis, antropomórficas, pueris e ridículas, que os induziram a negar todo valor ao conjunto das revelações transcendentais. Mas, as últimas descobertas no domínio das forças psíquicas, até aqui ignoradas, prepararam de súbito o terreno para que aquelas narrações fossem compreendidas e apreciadas. Com efeito, as pretendidas inverossimilhanças nos fenômenos acharam seu paralelo em experiências análogas, que se realizam no mundo dos vivos".
"O problema das revelações transcendentais passou assim a se apresentar à razão sob aspecto muito outro, fazendo entrever a verossimilhança e mesmo a necessidade psicológica de uma primeira fase de existência espiritual, a desenrolar-se num meio, qual o descrevem, de comum acordo, as personalidades dos mortos que se comunicam, isto é, de que esse meio espiritual é o meio terrestre espiritualizado".
"O valor teórico inerente à circunstância de serem contrárias às opiniões dos próprios médiuns, e de toda gente, as informações que aqueles, desde 1853 (metade do séc. XIX, 4 anos antes do advento da 1ª obra de Allan Kardec), davam acerca da existência espiritual, não escapou à mentalidade investigadora do Dr. Gustavo Geley, que a ele alude nos termos seguintes:

Concluamos, pois, que todas as objeções tão levianamente feitas ao Espíritismo, a propósito do conteúdo intelectual das comunicações, a propósito das obscuridades, das banalidades, das mentiras, das contradições que elas contêm, não são razoáveis. Ainda mais, o caráter das comunicações, diferentes do que se poderia supor a priori, no começo do movimento espírita, contrário às idéias que se faziam em geral sobre o "Além", de acordo com as religiões cristãs tradicionais, constitui uma prova a favor da doutrina que as soube verificar e explicar tão completamente. (Resumo da Doutrina Espírita).

"É precisamente isso. Fica, pois, entendido que a circunstância de as personalidades dos mortos descreverem, desde o começo do movimento espírita, modalidades de existência espiritual, em oposição diametral às opiniões dos médiuns, dos assistentes e do meio cristão em geral, (baseadas nas crenças de céu, inferno e purgatório), poderia bastar para excluir as hipóteses da sugestão,da autossugestão e dos romances subconscientes..... Resulta daí que esta obra de análise comparada autoriza a preconizar a aurora não distante de um dia em que se chegará a apresentar à humanidade pensante, que atualmente caminha a tatear nas trevas, um quadro de conjunto, de caráter um tanto vago e simbólico, mas verdadeiro em substância e cientificamente legítimo, das modalidades da existência espiritual nas "esferas" mais próximas do nosso mundo, "esferas" onde todos os vivos terão que se achar, depois da crise da morte. Isto permitirá que a Humanidade se oriente com segurança para a solução dos grandes problemas concernentes à verdadeira natureza da existência corporal, das finalidades da vida, das bases da ética, da moral e dos deveres do homem. Estes deveres, na crise de crescimento que a sociedade civilizada hoje atravessa, terão que decidir dos seus destinos futuros. Quer isto dizer que os povos civilizados, se os reconhecerem e cumprirem, se verão encaminhados para uma meta cada vez mais luminosa de progresso social e espiritual; se os repelirem ou desprezarem, seguir-se-á necessariamente, para esses mesmos povos, a decadência, a fim de cederem o lugar a outras raças menos corrompidas do que a raça ora dominante. (Negrito meu).

12) Animismo ou Espiritismo? Qual dos dois explica o conjunto dos fatos?, de Ernesto Bozzano (Editora da FEB).
Numa extraordinária síntese da sua obra de 40 anos, o grande filósofo e sábio Bozzano responde de forma irrefutável à pergunta acima, não deixando de pé uma única das múltiplas hipóteses que os opugnadores da teoria espírita têm continuamente engendrado para invalidá-la. "Estou preparado para esta discussão", dizia Bozzano, "por 40 anos de estudo metódico, severo, sistemático, de natureza nitidamente científica, e sobretudo imparcial, pois durante a mocidade, militei nos ramos do positivismo materialista, defendendo apaixonadamente as minhas convicções filosóficas de então".
O eminente pensador italiano arrasa, uma após outra, as objeções antiespíritas, e demonstra, exaustiva e insofismavelmente, que os fenômenos anímicos, ao invés de invalidarem a hipótese espírita, facultam ao homem a prova mais solene e incontestável da sobrevivência, ou seja, segundo suas próprias palavras, "o animismo prova o espiritismo, pois ambos são efeito de uma única causa, e essa causa é o Espírito humano, que, quando age, em momentos fugazes, durante a existência encarnada, determina os fenômenos anímicos, e quando age, mediunicamente, durante a existência desencarnada, determina os fenômenos espíritas. De fato, animismo e espiritismo são complementares um do outro, e ambos indispensáveis à explicação do conjunto dos fenômenos paranormais, pois tudo o que um espírito desencarnado pode fazer, também deve podê-lo, embora menos bem, um espírito encarnado, sob a condição, porém, de que se ache numa fase transitória de diminuição vital, fase que corresponde a um processo incipiente de desencarnação do espírito, quais se verificam, por exemplo, no sono fisiológico, sono sonambúlico, êxtase, delíquio, narcose, estados comatosos, de convalescença, etc., e se observa experimentalmente que essas são, precisamente, as condições necessárias para que se produzam os fenômenos anímicos".
Ver, também, todas as obras do mesmo autor publicadas em português, e o livro "A Grande Esperança", do criador da Metapsíquica, Prof. Dr. Charles Richet.

4 comentários:

  1. Parabéns por este trabalho de divulgacao da nossa doutrina!
    Um abraco e bom final de semana!

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  2. Prezada Márcia: agradeço-lhe por suas elogiosas palavras e por ter se tornado seguidora do meu blog. Desejo-lhe muita paz, saúde e prosperidade.

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  3. Caro André, seu blog é extremamente interessante, principalmente para aqueles que gostariam de obter um conhecimento cientifico da Doutrina mais aprofundado. Parabéns, você está (e esperamos que continue) fazendo um ótimo trabalho!
    Abraços fraternos!

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  4. Muito grato à Geração Espírita por se terem tornado seguidores do meu blog, dirigido aos aspectos científicos e filosóficos do Espiritismo.

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