sexta-feira, 23 de agosto de 2013

90) A Igreja Católica e os fenômenos do Espiritismo


     O "link" abaixo demonstra que a Igreja Católica (ou, pelo menos, parte dela) reconhece a autenticidade dos fenômenos espíritas.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=hXsoxnvQd3A

    
     Como se pôde ver, os fenômenos mostrados no link acima são bem antigos e, embora raros, podem ser observados hodiernamente. A esse respeito, o pensador e filósofo Ernesto Bozzano, que possuía o mais completo arquivo acerca dos fenômenos chamados paranormais, escreveu uma monografia especial sobre o tema, com 46 páginas, intitulada "Marcas e Impressões Paranormais de Mãos de Fogo", traduzida por meu saudoso amigo de Niterói, falecido em 1986, Francisco Klors Werneck.
     No último dos 10 casos que expõe, escreve Bozzano:

     Se se põe de lado a lenda teológica das almas que ardem nas chamas do Purgatório ou do Inferno, só resta uma hipótese legitimamente científica, por meio da qual é possível considerar os fatos, a hipótese das "vibrações", que, em nossos dias, constitui também uma maravilhosa revelação científica, graças à qual assistimos aos milagres do rádio e TV. Se se pensa que o que chamamos "quente" e "frio" constitui um fenômeno único, que difere enormemente para os nossos sentidos em consequência da maior ou menor intensidade vibratória dos objetos com que entramos em contato, mister se faz deduzir daí que, se a tonalidade vibratória dos "fluidos" (energias), de que se revestem os espíritos dos mortos para se tornarem visíveis e tangíveis, fosse consideravelmente mais intensa do que a inerente à substância orgânica ou aos corpos inorgânicos, deverá inevitavelmente seguir-se que as vibrações muito intensas da substância espiritual, encontrando-se com as relativamente fracas dos tecidos orgânicos e inorgânicos, devam queimar estes últimos como o faria o fogo, o que determinaria os fenômenos das "impressões de mãos de fogo". ( - )

     Portanto, se é verdade - e isto não pode dar lugar à menor dúvida - que o fenômeno das "impressões das mãos de fogo" depende da elevada tonalidade vibratória das energias que se acham no "fantasma", então, do ponto de vista materialista (ou naturalista, como preferem os que o professam), como considerar a extraordinária intensidade na tonalidade vibratória da substância de que se reveste o fantasma, comparada com a tonalidade vibratória da substância de que se compõem os organismos? É evidente que, se se acolhesse a hipótese naturalista, segundo a qual a substância ectoplásmica, a inteligência e a vontade que caracterizam o fantasma provêm do médium, a tonalidade vibratória da substância de que o fantasma é formado deveria ser idêntica à da substância somática do organismo humano. Como, porém, assim não é, como a tonalidade vibratória no fantasma é muito mais intensa que a do organismo humano, lógico é deduzir-se daí que a origem dessa tonalidade vibratória é estranha ao médium. Nesse caso, ela só pode depender da natureza espiritual da entidade que se manifesta, isto é, de um ser independente do médium. Eis-nos, desse modo, chegados, muito naturalmente, à interpretação espiritista dos fenômenos das "impressões de mãos de fogo", interpretação que é a única a fornecer uma solução racional dos fenômenos de que tratamos.
     Meditei longamente sobre esta questão, com a intenção de achar uma outra solução, conforme à interpretação naturalista, mas não consegui concebê-la. Aguardo, pois, que um dos defensores da origem naturalista de todas as manifestações mediúnicas chegue, com mais sucesso, à solução do problema, e que me faça conhecer as suas conclusões.

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