Retiro as considerações abaixo do livro "A Psicografia Ante os Tribunais", 4ª ed., FEB, 1961, pág. 165:
    
 Mais notável, espantoso mesmo, é o caso da velha linguagem egípcia, que
 ressurge depois de 3.000 anos, na sua forma, na sua sonoridade, 
trazendo à luz vários problemas linguísticos, desvendando mistérios que 
pareciam impenetráveis, visto que jaziam soterrados pelo tempo, pelo pó,
 em companhia dos sarcófagos dos velhos faraós. Tudo surgiu a lume. O 
passado se fêz presente, instantaneamente, assombrosamente.
     Trabalhava com o Dr. Wood notável médium cujo pseudônimo era 
Rosemary. Por ela se manifestava um Espírito que dava o nome de Lady 
Nona, dizia ter vivido no Egito havia longos séculos. Fornecia, a 
princípio, recordações pessoais, uma exata descrição de instrumentos 
musicais da época, pormenores sobre a cidade de Mênfis, os faraós, as 
cerimônias religiosas, a Esfinge, e pitorescas descrições sobre a vida 
do povo egípcio da época. Tudo se comprovou após exaustivo trabalho de idas e vindas a museus e documentos históricos.
     Inopinadamente, Nona, o Espírito, que falava o inglês, entrou a 
discorrer na antiga linguagem egípcia, de todos desconhecida. A médium 
ouvia sons, falados numa língua ignorada. O Dr. Wood entrou a procurar 
um egiptólogo, e conseguiu travar conhecimento com o Sr. Howard Hulme, 
de Brighton, familiarizado com o idioma dos faraós. Nunca se conheceram 
antes. Centenas de frases foram ditadas pela individualidade espiritual,
 e o Dr. Hulme julgou que deveria se tratar de um idioma esquecido há 
muitos séculos, remontando ao antigo Egito, provavelmente à 18ª 
dinastia, 1576 anos antes da era cristã. 
     O Dr. Wood apanhava os ditados conforme os sons e os remetia ao Dr.
 Hulme. Este, mais tarde, devolvia o trabalho traduzido em hieróglifos 
egípcios, acompanhados da tradução em inglês. O mais interessante - 
acrescenta Wood - é que as respostas correspondiam sempre, de maneira 
espantosa, às nossas perguntas à Entidade, feitas em inglês, e ao 
assunto de que tratávamos. Tal é, num rápido escorço, o que nos refere 
desenvolvidamente o Dr. Wood, no periódico "Two Worlds", em 14 de 
outubro de 1932. O Dr. Wood publicou um estudo do caso num livro 
intitulado - "The Rosemary Records", Manchester, 1932.
     A respeito, escreve o General Peter, numa revista científica alemã, "Zeitschrift für Seelenleben", pág. 57:
     Há
 três anos, Rosemary é "controlada" por Lady Nona, princesa que esposou,
 há 3.000 anos, o faraó Amenhotep III, o qual a fêz afogar no Nilo. 
Posteriormente, tomado de remorsos, o uxoricida arrependeu-se 
profundamente da sua atitude. História incrível, mas o Dr. Wood procurou
 provas. A descrição dos instrumentos de música do tempo de Amenhotep 
foi verificada, depois de inquérito e pesquisas. O retrato do monarca, 
feito pelo Espírito, coincidia com o do existente no British Museum. As 
indicações históricas eram perfeitas, conforme se descobriu. A faraona 
fala em seu idioma, e o Sr. Hulme, distinto especialista em dialetos do 
antigo e moderno Egito, pôde verificar e fiscalizar minuciosamente este 
portentoso caso de xenoglossia. 
     J. J. Prudhon, referindo-se a outro trabalho de Wood sobre o caso, explica:
     Trata-se
 da história de Lady Nona, concubina do faraó Amenhotep III. Nona 
procurou estabelecer sua identidade por mais de 300 provas linguísticas,
 em puro egípcio antigo, falado e foneticamente registrado pelo autor, e
 traduzido em inglês pelo egiptólogo Sr. Howard Hulme ("Revue Spirite", 1935, pág. 399).
     Foram a mais de 800 as mensagens egípcias. Delas trata amplamente e
 mais profundamente o Dr. Wood, no seu último livro -- "Ancient Egypt 
Speaks" -- e, em português, o Sr. F. V. Lorenz, em seu livro -- "A Voz 
do Antigo Egito" (ed. FEB).
Obs. minha: sobre este caso, pode-se consultar também o livro do 
erudito escritor brasileiro Hermínio C. Miranda -- "Arquivos Psíquicos 
do Egito" (ed. Lachâtre).   
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